Percorrendo caminhos, já trilhados, em outros tempos...Revendo lugares que fizeram parte desta história, deixo as lembranças criarem forma e cor e, no silêncio, vou refazendo os parágrafos das cartas não enviadas, das poesias não escritas, das palavras nunca ditas...
Neste emaranhado de sentimentos e vivências encaro o momento atual. São tantas as possibilidades de dizer, de fazer, de comunicar. Encontra-se pessoas perdidas no tempo, resgata-se amizades de quem há anos nada sabia...É a facilidade das redes sócias, são os inúmeros meios de comunicação, são distâncias encurtadas, são ausências reaproximação. Maravilhoso mundo moderno!
O uso destas tecnologias trazem também perigo, dúvidas, intrigas ... As redes sociais funcionam como um diário que registra todos os fazeres, porém os usuários, nem sempre percebem que estão expondo, a um sem número de pessoas conhecidas e desconhecidas, parte de suas vidas, sua intimidade.
E, nesta sede de comunicar-se, perde-se o cuidado de verificar a verdade de cada fato... suposições ou meras possibilidades transformam-se em verdades, causando danos, lágrimas e tristeza.
Convém que cada um analise o que lê e o que publica...O que acredita e o que duvida e, principalmente, que se tenha o bom senso de interpretar antes de repassar e deletar tudo o que contiver maldade ou insinuação.
Retomando os caminhos do ontem percebo que as cartas são e-mail, os velhos cadernos de questionário tomaram forma de mensagens de Facebook, de WhatsApp, de Instagram...São nossos retratos que circulam e permanecerão por muitos amanhã.
Importa como usamos e o que dizemos em todos estes artifícios de modernidade, pois verdades são verdades em qualquer tempo... em qualquer lugar.
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