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HOJE MEU FILHO AUTISTA NÍVEL 1- ASPERGER BRIGOU NA ESCOLA. UMA ANÁLISE.


Era para ser um dia normal, mas de repente recebo uma ligação da escola de meu filho, me chamando, pois, meu filho havia brigado com um colega e perdido o controle, contou-me a mãe.

Comuniquei a meu chefe que tinha que me afastar, disse ela e corri para a escola e, lá chegando me deparo com uma situação um tanto inusitada, além de meu filho ter agredido um colega no intervalo, a diretora da escola havia agredido meu filho, ao ponto de ser realizado um boletim de ocorrência na polícia e, hoje o caso está em juízo. Cabe salientar que a escola recebeu o laudo do aluno, com o diagnóstico de autismo nível 1-asperger e todas as orientações dos especialistas.

Este relato de um fato, que aconteceu com uma criança de 12 anos, aluno da 6ªsérie do ensino fundamental, merece que, no mínimo, analisemos três aspectos: a mãe, o porquê do comportamento da criança e o despreparo de alguns profissionais da educação para trabalhar com a educação inclusiva.


QUAIS AS CARACTERÍSTICAS DO AUTISMO NÍVEL 1-SINDROME DE ASPERGER


As pessoas portadoras da síndrome de Asperger, em geral, apresentam uma inabilidade social, um comportamento excêntrico e/ou repetitivos, pensamentos mais rígidos, prática e rituais incomuns e interesses restritos. Também pode ser observado dificuldades motoras, tornando-os um pouco desajeitados e estabanados. A visão, audição, tato e paladar são mais sensíveis e, difere do autista tipo 2 pelo fato dos sintomas se apresentarem de forma mais branda. Os Asperger possuem uma inteligência quase sempre acima da média e, geralmente não possuem problemas de aprendizagem.

Um dos maiores problemas enfrentados pelos portadores da síndrome são as relações sociais, a interação, pois além de entenderem as informações com o sentido literal de cada palavra, quando se sentem menosprezados ou provocados com palavras, perdem facilmente o controle e se tornam agressivos. Podem ficar alegres ou tristes em momentos inadequados e, demonstrar irritação em situações que ninguém entende o porquê. Apresentam interesses específicos e muito intensos. Ao gostarem de um assunto, podem pesquisá-lo a fundo, tornando-se especialistas no tópico. Quando bebês ou crianças, podem ficar por horas brincando com o mesmo brinquedo.


QUAL O SENTIMENTO DA MÃE, FRENTE AO EPISÓDIO.

Com um pouco de empatia, ao nos colarmos no lugar da mãe já podemos sentir muita tristeza e angústia, pois a escola teria que ser o lugar onde a criança possa evoluir em conhecimento, mas principalmente nas relações sociais.

Uma mãe de um autista vive diariamente o desafio de educar e auxiliar o seu filho, para que tenha independência e consiga levar uma vida normal, sem tropeços no cotidiano. Ela já passou por enormes desafios emocionais. Aceitar a realidade no momento do diagnóstico o que, geralmente gera uma dúvida de culpa, de responsabilidade pela síndrome atestada. Também, não menor, é o desafio de buscar profissionais e descobrir quais as ações que dão melhor resultado comportamental ao seu filho. Organizar rotinas, escolher atividades que auxiliem o desenvolvimento, questionar as atitudes, direcionando para o domínio das emoções, requer tempo e resignação.

É inadmissível que ainda, esta mãe, tenha que enfrentar maus tratos a seu filho, daqueles que deveriam ser os maiores parceiros, na busca do bem-estar e da superação de desequilíbrios de uma criança com Asperger.


PAPEL DA ESCOLA NA EDUCAÇÃO DE CRIANÇAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS.


A escola, por força de lei é inclusiva e, é de suma importância que cumpra seu papel com qualidade. Quando uma criança autista, como é este caso, vai a escola, ele tem a oportunidade de conviver com os diferentes e aprimorar as suas relações sociais. Às vezes, surgem situações muito delicadas e que requerem dos educadores uma ação mais direta, mas nunca com uso de agressões ou com posições de menosprezo. É preciso que seja diariamente reforçado os combinados. As regras têm que ser claras e diretas, pois o entendimento é limitado e as emoções são inesperadas.

A escola humanizada, com profissionais que acolham, orientem e que seja coordenada por pessoas especializadas, que tenham empatia pelas crianças autistas e seus familiares, achará o caminho para o sucesso de todos.


QUE CADA CRIANÇA ENCONTRE UMA ESCOLA QUE EDUCA E CADA FAMÍLIA POSSA TER CONFIANÇA NA ESCOLA DE SEU FILHO.



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