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POR QUE A MAIORIA DOS ALUNOS TÊM DIFICULDADE OU NÃO GOSTAM DE MATEMÁTICA?

Atualizado: 29 de jun. de 2023




Admitir que a maioria dos alunos tem dificuldade ou não gostam de matemática é constante para a maioria dos educadores e para os familiares dos educandos, porém é importante buscar informações para entender a razão e mudar esta realidade.

Para entender melhor vamos buscar o que nos dizem os grandes pensadores sobre a matemática e o raciocínio lógico.

Matemática, segundo Piaget, é o processo mental da criança sobre o cotidiano, arquitetado pelo pensamento, a partir da relação com os objetos e pela interação entre estes. Já Vygotsky, entende que o ser humano está em um constante e contínuo desenvolvimento no seu amadurecimento das funções cerebrais, juntamente com tudo que o rodeia. E por isso, o ensino da matemática deve acompanhar estas mudanças sociais e históricas, não sendo apenas repetitivo e objeto de memorização.

Raciocínio lógico é uma organização ou estruturação de raciocínios que nos permite, de acordo com determinadas normas, chegar a uma conclusão ou resolver um problema. Ele é importante porque nos permite, principalmente, resolver problemas práticos do dia a dia. Embora ele seja importante para cálculos, por exemplo, está mais relacionado à nossa habilidade de encontrar o caminho correto para a resolução de um impasse, do que necessariamente nossa habilidade com os números.


COMO É O ENSINO DA MATEMÁTICA NAS ESCOLAS?


Ao analisar a maioria das escolas, tanto da educação infantil como do ensino fundamental e médio, o ensino de matemática se baseia na memorização de técnicas, fórmulas e conceitos ao invés de compreensão, através de atividades repetitivas e não criativas para o aluno.

A matemática em geral é tratada como uma disciplina que ensina uma linguagem de signos e transmite regras, não proporcionando ao educando o desenvolvimento do raciocínio lógico, a construção de conceitos e habilidade mental para resolver problemas do seu cotidiano. Desta forma, a criança não realiza nenhuma atividade mental, pois não realiza discussões sobre os conceitos, não pratica conhecimentos em uma atividade concreta e não relaciona o conhecimento com seu cotidiano e assim, não incorpora a sua cultura.

A matemática nas escolas se tornou objeto de aversão e de reprovação dos alunos, além de ser o elemento classificatório entre os capazes e incapazes, gerando um grande índice de evasão.


O QUE FAZER PARA MUDAR ESTA REALIDADE?


Piaget afirma que o ensino deveria formar o raciocínio, conduzindo à compreensão e não à memorização, desenvolvendo um espírito criativo e não repetitivo. O professor deveria criar situações que levem o discente a encontrar a solução correta, de acordo com seu nível de desenvolvimento psicogenético, através de trabalhos práticos individuais ou em grupo, de diálogo entre colegas ou com o professor.

Apesar de décadas de estudos e cursos sobre como trabalhar a matemática, é raro a sala de aula, principalmente do ensino público, que possui recursos palpáveis para que as crianças aprendam através do manuseio, do jogo, da brincadeira. Também é conhecido o conceito de que não basta o material concreto ou problemas reais para o educando trabalhar matemática, é indispensável que o educador seja capaz de questionar, de organizar tarefas que realmente proporcionem o desenvolvimento do raciocínio, de incentivar a curiosidade e a busca de respostas coerentes.


QUANDO DEVEMOS FAZER MATEMÁTICA DE UMA FORMA DIFERENTE?


No momento que educadores e familiares entenderem que todos os momentos, desde a fase de bebê, a matemática faz parte da vida da criança. Quando se inicia o ensinamento de um aninho, já estamos ensinando um conceito de quantidade e de representatividade, quando mostramos um dedo.

Assim, entende-se que em todos os níveis de ensino, a matemática tem que ser pensada como uma construção de conceitos e relações entre objetos, pessoas, espaço e tempo. Por isso, será enfocado em textos futuros, aspectos sobre o processo ensino e aprendizagem da matemática na educação infantil, ensino fundamental e ensino médio.


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