Ao nos deparar com pesquisas sobre o ensino, seja ele de primeiro ou segundo graus, o que vimos é um índice inaceitável de aprovação na disciplina de matemática. Além dos estudantes terem dificuldade de aprovação, também se percebe uma grande aversão por estes conhecimentos.
O QUE PODE SER FEITO PARA MUDAR ESTA REALIDADE NO ENSINO-APRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA?
Toda a construção exige que a sua base seja sólida e bem estruturada, para que a obra cumpra o papel a que se destina. Na educação não é diferente, as bases estão no início do desenvolvimento da criança e por isso, a educação infantil deve rever a sua prática em relação ao conhecimento matemático, pois como sabemos, é o período mais importante no desenvolvimento do raciocínio, da criatividade, da quantificação e classificação.
Portanto, é imprescindível que os educadores da educação infantil, sejam preparados para trabalhar a matemática desde a mais tenra idade, através de brincadeiras e materiais que permitam trabalhar os conceitos de conservação de quantidade, volume e números. Tão importante quanto o tipo de atividade é a mediação dos educadores, com questionamentos que permitam a criança comparar, relacionar e verbalizar suas aprendizagens.
O QUE FAZER NA EDUCAÇÃO INFANTIL?
Ao entrar em contato com educadores da educação infantil e das primeiras séries do ensino fundamental, nos deparamos com relatos que comprovam que a dificuldade em matemática é recorrente neste grupo de profissionais. Muitos, senão a maioria, afirmam que escolheram a Pedagogia, como graduação, pelo fato da pouca exigência do conhecimento em matemática, o que exige que coordenadores da educação um maior investimento nesta área.
Se tomar como exemplo o número cinco (5), vimos apenas uma relação na aprendizagem na educação infantil, que é a união de cinco objetos. Para melhorar o raciocínio das crianças é necessário que através da manipulação de objetos e atividades lúdica, permita-se a relação de que cinco, pode ser 4+1, 3+2,2+2+1,1+1+1+1.
Também tem que ser estimulado o uso da geometria constantemente na educação infantil, não apenas na memorização das formas, mas no manuseio, na construção de figuras maiores com as formas básica. Fica a sugestão de realizar quebra-cabeça com figuras geométricas, sendo que as mesmas fortalecem a ideia de dimensão, da construção de um todo e possibilita a comparação.
Cabe ressaltar que não basta o manuseio ou a oportunidade de usar material concreto na sala de aula, segundo Lorenzato (2006), é indispensável que este esteja relacionado com uma situação real, que pode ser vivenciada pelas crianças.
Nestes tempos, em que a tecnologia atropela as informações e facilita a memorização, o objetivo da educação é formar pensadores, capazes de criar alternativas para resolver problemas do dia a dia, para que as crianças, ao se tornarem adultas, encontrem um espaço para viver de forma digna.
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