Um fato! A confusão entre fanatismo, radicalismo e ideologia transforma a realidade em suposições, acusações e, em alguns momentos, em cegueira.
Acreditar em fundamentos de um ou outro partido político, em uma crença religiosa ou mesmo em um time de futebol, faz parte de nossa cultura, de nossas vivências, leituras e convicções. Todo o o ser humano constrói crenças e seus próprios conceitos, esquecendo de buscar outras verdades.
A vida, porém, não permite que em nome de uma ideologia, desconheça-se leis, instituições e estatutos que norteiam a própria sociedade. Nada permite que se ignore os poderes, que se proclame a desordem, quando as decisões são contrárias a nossa opinião.
Vive-se momentos onde o certo e o errado tomam conotações diferentes, de acordo a quem a informação ou decisão é dirigida, onde somos rotulados ou de esquerda ou de direita, embora os dois lados encontram- se na mesma situação: corruptos e corruptores unidos. Estranho que qualquer posição, que agrada ou desagrada uns ou outros, a direita ou esquerda, sentem- se atingidos.
É momento de repensar nossos princípios, para perceber que o país encontra-se órfão de lideranças respeitáveis. A ética pública afunda na lama da desonestidade, os fatos estão postos aos olhos de todos. Precisamos reagir. O que sustenta a democracia é o bom cidadão e não os políticos profissionais, pois estes aceitam ser comprados e os partidos se transformam em empresas eleitorais, sempre prontas a contratar os empregados do Poder.
O que fazer pela democracia brasileira? Com certeza não se pode esperar nada do momento atual. Buscar respostas a partir de reflexões, sem a cegueira de uma paixão ideológica e ir a luta.
Cada brasileiro é responsável pela mudança e pela construção do Brasil que quer.
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