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SE ENGANA QUEM ACHA QUE CRIA SEUS FILHOS EM UMA MESMA FAMÍLIA. LEIA E ENTENDA A REALIDADE


Inúmeras vezes em atendimento psicopedagógico, aos pais, ouvi eles dizerem que não entendem como os filhos demonstram aprendizagens e atitudes tão diferenciadas, se eles foram criados da mesma forma, do mesmo jeito, na mesma família.

Pergunto a você: será verdadeira esta afirmação?

Garanto que não. Analise comigo a seguinte situação: Pedro nasceu em 2005 e tem hoje 17 anos. Nesta época a família morava em uma cidade de porte médio do Rio Grande do Sul e a família trabalhava em uma empresa localizada no mesmo bairro, o que permitia um maior acompanhamento dos pais a Pedro.

Em 2013, a família mudou-se para a capital de Santa Catarina, na cidade de Florianópolis, onde no mesmo ano nasceu o segundo filho da família, hoje com 10 anos. A família criou uma empresa de alimentação, o que exigia trabalho diuturnamente, inclusive nos finais de semana e feriados.


VAMOS VER O QUE MUDOU NO BRASIL NO DECORRER DOS OITO ANOS ENTRE O NASCIMENTO DOS FILHOS.


No período entre 2003 e 2015 podemos elencar muitas mudanças no Brasil e no mundo, que direta ou indiretamente produziram mudanças na vida de todas as pessoas.

Segundo a agência Brasil EBC, o percentual de brasileiros que adquiriram um celular aumentou 131,4%, entre 2003 e 2015, o que significa, que três quartos da população passaram a ter maior acesso a informações e a

se comunicar.

Em termos de economia houve crescimento, porém nada que determinasse uma mudança radical na vida da maioria da população.

Porém se analisarmos as questões culturais, como artes cênicas, músicas, vestimentas e hábitos diários, das famílias, são áreas que sofreram muitas alterações, impulsionados pela globalização que dominou o mundo. Nada mais é somente de um país ou região, todos tem acesso a tudo.

Nesta década em questão, a homossexualidade foi institucionalizada e permitiu a superação de preconceitos e discriminações pela sociedade organizada. Também neste tempo a evolução tecnológica mudou completamente a relação familiar, a forma como as pessoas realizam suas transações comerciais e financeiras, além de interferir diretamente no processo ensino- aprendizagem nas escolas.


O QUE ACONTECEU COM A FAMÍLIA DE PEDRO NO DECORRER DOS OITO ANOS


Como informamos acima, ocorreu uma mudança bem significativa, pois além de mudar de estado, também ocorreu uma alteração no tamanho da cidade e na adaptação em termos de movimento de população e na localização geográfica.

É possível dimensionar as mudanças culturais que todos tiveram de se adaptar, pois saíram de uma pequena cidade onde a maioria eram conhecidos para uma cidade com vocação ao turismo, onde moradores a anos morando em um mesmo prédio, na maioria das vezes nem se cumprimentam. Também a linguagem coloquial tem muitas diferenciações, pois os ditos gauchescos nem sempre são conhecidos. Um exemplo bem comum é falar o “pão cacetinho”, que só existe no RS.

É importante salientar que a família, mudou completamente as suas relações, pois o fato de estar em um ambiente mais desenvolvido tecnologicamente, houve um maior afastamento afetivo e a diminuição do tempo dedicado a outras atividades mais enriquecedoras.


O SEGUNDO FILHO NASCEU EM OUTRA FAMÍLIA


Podemos seguramente afirmar que o irmão de Pedro nasceu em outra família, composta pelos mesmos membros, mesmo pai e mesma mãe, porém estes podem ser considerados outras pessoas, pois as experiências vividas na década os transformaram. São outros valores morais e educativos. Porém, a família mantém o dever em relação a educação, provimento do sustento, condições de vida dignas e de respeito perante o indivíduo que a forma.

Outro fato que determina que cada filho é criado em uma família diferente é o fato que, ao nascer, o primeiro filho foi recebido por um casal, que naturalmente estava ansioso pelo novo desafio de tornarem-se mãe e pai. O segundo filho ao chegar, além de exigir reacomodação das relações já existentes, terá que afetivamente criar o seu próprio espaço.

Agora você imagina uma família que tem quatro ou mais filhos. Cada nascimento determina uma quebra de estrutura e relações, o que pode gerar alguns desajustes obrigando a formação de uma nova rede de relações, cuidados e afetividades.


PARA OS PAIS REFLETIREM


Faça uma retrospectiva do momento de nascimento de cada um de seus filhos. Recorde sua condição econômica, seu trabalho, sua presença na igreja, seu grupo de amigos, suas expectativas em relação ao mundo e, verás que cada filho nasceu em uma família diferenciada e por ser um indivíduo, terá reações, atitudes e emoções únicas.


NÃO COMPARE UM FILHO AO OUTRO, POIS CADA UM TEM A SUA HISTÓRIA. AME CADA UM E RESPEITE SUA INDIVIDUALIDADE.



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