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ÁLCOOL :DE NOBRE À VILÃO

A DIFÍCIL CONVIVÊNCIA COM O ALCOOLISMO


Como é gostoso quando pegamos os álbuns de fotografia (agora somente digitais), pois revivemos momentos festivos de nossas vidas. Em geral eles começam com o dia do casamento, todos felizes, muitas comidas e bebidas. Passam os anos e exceto no dia dos nascimentos dos filhos, as demais comemorações também são regadas a bebidas de todos os tipos.

Folheando os álbuns, surge os bailes, os carnavais, as festas de aniversários. Todos felizes e sorridentes, mesmo aqueles que estão cheio de dúvidas e problemas para resolver, pois estão sendo favorecidos na produção de serotonina pelo álcool. Mas, esta situação não é desagradável, pelo contrário, todos brincam e sorriem. O “nobre” álcool está abrilhantando a festa. Uns ficam mais ousados, outros mais palhaços e alguns, mais desconfiados e descontrolados. Mas todas as reações são ditas normais e aceitas pela maioria, pois o consumo do álcool é uma conduta adaptada a maioria das culturas.

Os anos passam e o encontro com álcool continua e, sem as pessoas perceberem, cada vez mais constante, tomado diariamente, pois sempre há um motivo para brindar. Aparece então o alcóolatra, que não é mais aceito pelo grupo e que se torna um problema social e familiar.


MEU FAMILIAR É UM ALCÓOLOTRA?


Este é o momento mais difícil da esposa, mãe, filho ou qualquer familiar que convive com a pessoa que está dependente do álcool. Admitir que seu familiar não consegue mais controlar a quantidade de bebida a ser consumida e, que busca diariamente ambientes para que possa ingerir com tranquilidade, pode ser um bar ou a casa de um amigo, também já dependente.

É doloroso, pois em geral o familiar se pergunta o porquê que a pessoa está bebendo descontroladamente. Surge inúmeras perguntas no silêncio das noites mal dormidas. Aceitar que seu amor, os filhos e a condição social não é suficiente para ajudar o ente querido e, que está diante de um problema grave que é a dependência química.

Então começa a maratona de buscar informações, pensar em um psiquiatra, fazer orações, simpatias e tentar esconder de todos a realidade, pois é uma doença que envergonha e destrói a autoestima de todos.

Felizmente existe o caminho que esclarece e que ajuda neste momento: AA (alcoólicos anônimos)


AA- ALCÓLICOS ANÔNIMOS

O AA é uma irmandade que congrega portadores de alcoolismo, uma doença incurável. Sua proposta é ajudar o alcoólico a parar de beber.

Para ser admitido no AA, não existem taxas nem mensalidades. A única exigência é o desejo de abandonar a bebida. Ninguém declara endereço ou profissão, classe social ou poder econômico, ideologia política ou crença religiosa.

Os membros do AA são protegidos pelo mais absoluto anonimato que, além de preservar a identidade dos alcoólicos, afasta qualquer ideia de projeção pessoal ou de terceiros, que possa contaminar a estrutura da irmandade, regulamentada pelas Tradições.

O início da recuperação do alcóolatra é ele admitir que é impotente perante o álcool, que é o primeiro passo, de doze passos que compõe um guia de orientações do AA, para deixar os velhos valores e encontrar um novo caminho para a vida.


SE VOCÊ ESTÁ VIVENDO UMA DÚVIDA SOBRE O ALCOOLISMO, VISITE O AA. ESTE É O CAMINHO PARA UMA NOVA REALIDADE.


UMA HISTÓRIA REAL E TRISTE


Há poucos meses vivi uma história triste, que poderia ter sido evitada. Um familiar, de 38 anos, perdeu a vida para o álcool.

Desde adolescente ele gostava muito de festa e entrava em contato semanalmente com o álcool. Passou os anos e, já alcoólatra, com ingestão de bebida diariamente, começou a criar situações de agressões verbais e até física, a sua esposa, mãe e pai.

Mesmo depois de ser internado no hospital com uma cirrose no fígado, consciente da gravidade de seu estado de saúde, voltou a beber e, em duas semanas acabou entrando em óbito.

O “nobre” álcool virou o grande “vilão”. Destruiu uma família linda, que tinha tudo para ser feliz. Deixou uma menina de 14 anos órfão de pai, justamente em uma idade que as meninas precisam desta presença.

Também vivi uma outra história, com outro familiar, pois é recorrente nas famílias tendo em vista a hereditariedade, em que após 2 anos de luta, participação no AA, a recuperação não acontecia. Foi necessário a internação em uma clínica, onde o dependente pode exercitar os passos para aprender a superar a necessidade psíquica de continuar bebendo. Hoje, após 23 anos, continua sendo um alcoólatra em recuperação.


CONSEQUÊNCIAS DO ALCOLISMO


Não vamos entrar no mérito das consequências para a saúde do alcoólatra. É momento de pensar nas consequências familiares. São inúmeros relacionamentos interrompidos pelas atitudes e ocorrências geradas pelo dependente. Os filhos, mesmo aqueles que aparentemente não são afetados pelo comportamento dos pais, carregam inúmeros traumas, desgostos e exemplos deprimentes em suas vidas, o que gera desajustes nos seus relacionamentos.

O alcoolismo causa na família adoecimento psicológico, emocional, espiritual e a desagregação no sistema familiar .


PARA AJUDAR O ALCOÓLATRA É NECESSÁRIO PERSISTÊNCIA E MUITA RESILIÊNCIA.

SE PRECISAR DE AJUDA, ENTRE EM CONTATO.






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